O Verde e os 90: Marcos, Conquistas, História e uma Missão.
Vestida de Verde, nascida em 1932, Instituição de Utilidade Pública; tornou-se a maior do país, com uma Missão em prol do Andebol no Distrito do Porto e com crescimento e ação como valores e modernizar e avançar como objetivo; esta é hoje uma associação com 90 anos – Associação de Andebol do Porto.
Quando Herman Tschopp em 1929 lançou no Porto o Andebol em Portugal a Associação de Andebol do Porto (AAP) não existia ainda.
A 29 de março de 1932 nasce a AAP, agora uma nonagenária que está ao Serviço do Andebol, e que veste com o verde de Portugal, mas também o verde do Porto, da cidade Invicta. O verde é esperança, liberdade, saúde e vitalidade. Esta cor associa-se ao crescimento, à renovação e à plenitude, e é aqui que ela se funde com a Missão de Pessoa Coletiva de Direito Privado e Instituição de Utilidade Pública nonagenária, que dirige o Andebol no Distrito do Porto.
A AAP constituída sob a forma associativa, sem fins lucrativos, e que se dedica à promoção do Andebol na região do Porto, em todas as suas variantes, regista este ano mais um marco da sua história, de uma vida em Missão para com o Andebol da Região do Porto e com impacto nacional.
A AAP engloba clubes ou sociedades desportivas, técnicos, oficiais de mesa e árbitros, e demais agentes e/ou entidades que promovam, pratiquem ou contribuam para o desenvolvimento do Andebol na região.
Os nomes dos pioneiros da AAP estão registados nalgumas memórias e nos poucos livros existentes e foram eles: Manuel Birra (primeiro Presidente), António Oliveira, António Marcolino (primeiro jornalista dedicado ao Andebol), Aníbal Soares, Humberto Lima, Artur Silva Costa, António Dias Leite, António Mota (atleta e dirigente com papel e obra relevantes no Andebol do Porto), Manuel L. Gonçalves, Carlos M. Serra, João Ramalho, Alípio Dias, Santos Pereira, Joaquim F. Couto, Raúl C. Cruz, Alberto Saldanha, Ismael Castro, Cassiano Silva e António Cardoso.
São várias as figuras emblemáticas da AAP e são muitas as personalidades e pessoas que fazem a história desta instituição e há dois nomes que estão intimamente associados à instituição: Armando Campos – atleta internacional, treinador, Presidente da AAP entre os anos 40 a 90 e que tem uma sala em seu nome na AAP e Henrique Fabião – atleta internacional, treinador, dirigente AAP entre os anos 40 a 60 e que dá nome à Sala da Direção da AAP.
Vários são os marcos simbólicos desta associação, como os 25, os 50, os 75 e agora os 90 anos, mas há dois marcos importantes de tão impactantes foram para a vida da AAP e para o sucesso do Andebol na Região do Grande Porto: a ação do Professor A. Miranda de Carvalho e de Manuel Jorge Ferreira.
Miranda de Carvalho introduziu o chamado Plano de Associação da antiga Direção Geral do Desporto (agora IPDJ) tendo assim sido o dinamizador dos escalões de iniciação e da prática feminina na AAP entre os anos 70 a 90.
O ex-Presidente Manuel Jorge Ferreira, nos anos 80, que chamou para a AAP o Professor Jorge Tormenta para ser o primeiro Diretor Técnico da Instituição e Eurico Araújo para Secretário-Geral, criando assim uma estrutura técnico-administrativa, que não existia até aquela data. Manuel Jorge Ferreira implementou um Plano Desportivo e conseguiu o Estatuto de Instituição de Utilidade Pública para a AAP. Quando Manuel Jorge assumiu os destinos da AAP, esta associação era em dimensão (números) a quarta do país e hoje por sua ação e gestão é a primeira em número de atletas e clubes.
É de realçar uma vida dedicada ao Andebol pelo Professor Jorge Tormenta, boa parte dela dedicada também à AAP, e a sua influência e trabalho, entre 1980 e 2000; primeiro como Diretor Técnico e numa segunda fase como Vice-Presidente.
Os digníssimos clubes fundadores da AAP foram: Futebol Clube do Porto, Estrela Vigorosa Sport, Clube Desportivo Nun´Álvares, Sport Progresso, Vilanovense Futebol Clube, Sport Clube do Porto, Clube Fluvial Portuense, Porto Atlético Clube, Sporting Clube Araújo e Clube Desportivo do Porto.
Muitos outros clubes fazem hoje parte da maior Associação de Andebol do país, são hoje quarenta e quatro, número que continua a crescer. O número de atletas é de mais de quatro mil, o número de treinadores de quase trezentos, de árbitros quase noventa e de dirigentes praticamente setecentos. O número crescente de atletas, treinadores, árbitros agentes e dirigentes ligados à modalidade está diretamente ligado à Missão de AAP, que tem no crescimento da modalidade uma parte central e que através, nomeadamente, do aparecimento ou reaparecimento de novos clubes fazem disparar os números gerais.
A Associação de Andebol do Porto celebra hoje (29 de março de 2022) os 90 anos, cheia de vitalidade, com um papel importante no Andebol, continuando em Missão e rumo aos 100 anos, ao século de existência, e para figurar na restrita lista de instituições seculares.
PERSONALIDADES:
Herman Tschopp – Fundador do Andebol em Portugal (Porto 1929).
Armando Campo – Atleta Internacional, treinador, Presidente AAP (entre os anos 40 a 90).
Henrique Fabião – Atleta Internacional, treinador, dirigente AAP (entre os anos 40 a 60).
Professor A. Miranda de Carvalho – Atleta, treinador e técnico dinamizador dos escalões de iniciação e da prática feminina (anos 70 a 90).
Professor Jorge Tormenta – Primeiro Diretor Técnico da AAP, Vice-Presidente AAP (na AAP entre 1980 e 2000).
Manuel Jorge Ferreira – Presidente AAP e que conseguiu o Estatuto de Instituição de Utilidade Pública (anos 80)
Sócio de Mérito da FAP
– 27/08/1960 –
Medalha de Valor Desportivo
– 21/10/1982 –
Camara Municipal do Porto
(Pelo Presidente Alfredo Ângelo Vidal Coelho de Magalhães)
Estatuto de Utilidade Pública – Diário da República 11/2/1983.
– 04/03/1983 –
(Diploma assinado pelo Primeiro-Ministro Francisco Pinto Balsemão)
Medalha de Mérito Desportiva
– 26/06/2008 –
(Pelo secretario de Estado da Juventude e Desporto – Laurentino José Monteiro Castro Dias)